No Brasil, o movimento para o desenvolvimento de novos negócios tem crescido. Um habitat para o desenvolvimento de negócios são as incubadoras de negócios, as vezes também referenciado como incubadoras de empresas.
Incubadoras de negócios são mecanismos que auxiliam o desenvolvimento de empresas com potencial inovador. Para cumprir sua função, as incubadoras disponibilizam infraestrutura e apoio técnico e gerencial às empresas incubadas (Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000, apud TISOTT et al., 2014). O movimento surgiu na década 50, liderado pela Universidade de Standford que pretendia transferir tecnologias desenvolvidas pela universidade às empresas. (MORAIS, 1997, apud TISOTT et al., 2014).
A universidade produz conhecimento e inovação por meio de suas pesquisas e transfere este conhecimento para empreendedores que possam realizar o desenvolvimento de produtos, serviços e processos para compartilhamento com o mercado. Também existem empreendedores que vislumbram oportunidades de negócio, mas que não possuem os recursos científicos ou tecnológicos necessários para a concretização da ideia.
A incubação de negócios tem a característica de minimizar a mortalidade das empresas nos períodos críticos para o seu desenvolvimento. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa – SEBRAE (2013), este período compreende os dois primeiros anos de vida da empresa.
A aproximação da empresa com a universidade propicia a transferência de tecnologia, incorporando inovação nos produtos, serviços e processos das empresas incubadas. Desta forma, universidade e empreendedores, ao atuarem em conjunto, justificam a incubação de negócios por obterem benefícios mútuos. A incubação pode gerar diversas vantagens para as instituições de pesquisa, empreendedores e para a sociedade.
Para as instituições de pesquisa, que mantém uma incubadora, observa-se os benefícios da profissionalização na captação de recursos, junto a entidades de investimento público ou privadas. E por meio da transferência tecnológica onde pode ser remunerada pelos royalties advindos da parceria incubadora-empresa. (MOUTINHO e KNIESS, 2012).
Os empreendedores, incubados, contam com a infraestrutura, recursos compartilhados, concentração na atividade fim, apoio técnico, consultoria e serviços, auxílio na gestão do negócio, capacitação e networking. Todos os fatores acima relacionados promovem a capacidade e maturidade para que a empresa se consolide no mercado após a incubação e o vínculo para quando for graduada, ainda sim desenvolver produtos e serviços inovadores com a instituição de pesquisa e desenvolvimento (SILVA et al., 2012).
Toda a sociedade também ganha benefícios com a incubação. Dentre estes benefícios, destacam-se: negócios com potencial de inovação, surgimento de criação de novos empregos, aumento gradual da arrecadação de impostos, fomento ao empreendedorismo e a transferência tecnológica por meio da comercialização de novos produtos e serviços. E ainda desenvolvendo a economia local (TISOTT et al., 2014).
O processo de incubação de empresas funciona da seguinte forma: a incubadora de negócios lança um edital para selecionar projetos, por meio de planos de negócio como um dos critérios de seleção de projetos, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Quando o empreendimento é aprovado pode residir para desenvolver a ideia inovadora do seu negócio, ou associar-se. Ou seja, a incubadora realiza a gestão e monitoramento de vários projetos durante os dois anos de incubação dos empreendimentos.
Nesse outro post pode conhecer quais são os principais serviços oferecidos pelas incubadoras de negócios.
(C) 2022 – Cristina Mieko
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